Mercado de trabalho

Freelancer: o trabalhador do futuro

O futuro do trabalho tem presença garantida dos freelancers. É o que mostra a pesquisa BCG Future of Work 2018, realizada pelo BCG Henderson Institute, feita em larga escala com trabalhadores de 11 países. Quando questionados sobre como gostariam de trabalhar no futuro, 45% dos freelancers entrevistados globalmente disseram preferir encontrar mais clientes e trabalhar de maneira independente, enquanto 20% afirmaram preferir achar um emprego com salário e em tempo integral (fonte: The new freelancers: tapping talent in gig economy).

No Brasil, essa diferença é ainda maior: 54% quer ser freelancer e 22% prefere um emprego fixo. Na Suécia, são 58% contra 17% e na Indonésia 56% a 15%. Entre as vantagens citadas pelos entrevistados na pesquisa estão passar mais tempo em tarefas que tenham importância, se auto-empregar e conseguir encaixar o trabalho em tempo integral entre as necessidades pessoais.

Os sinais de que a gig economy veio para ficar não param por aí. Outro estudo realizado pelo mesmo instituto com 6.500 executivos mostrou que 40% deles acreditam que os freelancers vão crescer consideravelmente como força de trabalho da empresa nos próximos cinco anos e metade dos entrevistados disse concordar que adotar plataformas da gig economy na empresa é uma tendência significativa ou altamente significativa. A pesquisa sobre o futuro do trabalho mostrou que o número de trabalhadores que perdem o emprego em decorrência dessa tendência do trabalho sob demanda é praticamente o mesmo dos que ganham oportunidades geradas por ela.

Embora a gig economy já apareça como tendência, os números ainda não são tão expressivos quando se faz o recorte do uso das plataformas de compartilhamento de trabalho como principal fonte de renda dos trabalhadores, principalmente em mercados mais maduros. Apenas de 1% a 4% dos trabalhadores nos Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Reino Unido e Espanha citam essa fonte como a principal de trabalho. Já nos mercados emergentes, como China, Índia, Indonésia e Brasil, a fatia do bolo é maior. 12% dos chineses, 8% dos indianos, 5% dos brasileiros e 3% dos indonésios responderam que seu principal ganho vem dessas plataformas.

Agora quando os olhos se voltam para o uso das plataformas da gig economy como fonte de ganho secundária, os números disparam. Na China, 33%; na Índia, 31%; na Indonésia, 23%, e no Brasil; 13% disseram usar as plataformas como renda complementar. Os índices também aumentam nos mercados mais maduros: nos Estados Unidos, 10%; no Reino Unido, 7%; seguidos pela Alemanha e Espanha, com 6%.

No entanto, engana-se quem acha que a principal atividade dos freelancers seja na área de transporte. De acordo com a pesquisa BCG Future of Work 2018, esses novos freelancers estão em todas as áreas. A Informação, que inclui mídia, telecom e processamento de dados, detém 33% dos freelancers entrevistados; seguida por Finanças e Seguros, com 26% dos respondentes, e, empatadas em terceiro lugar, com 19%, Indústria e Agricultura, mineração, pesca e silvicultura. Transporte e logística têm 17% dos ouvidos, empatado com Serviços.

Um fato curioso descoberto pelo estudo é que a maioria dos freelancers não aderiram à gig economy por falta de opção, mas para complementar os ganhos. Entre os pontos positivos apontados estão mais autonomia e flexibilidade no trabalho, além de melhor escolha dos projetos.

Está aí o pulo do gato do trabalho vinculado a uma plataforma: mais critério na seleção dos projetos e profissionais mais adequados para cada um. Uma escolha correta gera melhores resultados, menos risco e mais eficiência de tempo, tanto para a empresa quanto – e principalmente – para o profissional e consultor.

Equipe Alstra

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