Startup usa inteligência artificial para criar o “Tinder” do mercado de trabalho

Para Cai Igel, o futuro do trabalho já começou. O empreendedor criou, há pouco mais de um ano, a startup Alstra, que usa inteligência artificial para conectar talentos e empresas. “Notei que as companhias tinham dificuldade em encontrar, de forma rápida, as habilidades necessárias para projetos ”, explica Cai. Pensando nisso, ele desenvolveu uma plataforma que une os dois mundos.

Com a Alstra, as empresas têm acesso a mais de 6 mil profissionais PJ cadastrados. Lá, elas descrevem suas demandas, prazos, orçamento e habilidades necessárias. Com ajuda de algoritmos e machine learning, a startup busca os talentos que mais se encaixam nos projetos. Em até dois dias as companhias recebem a recomendação de profissionais. A partir disso, podem avaliar os candidatos e alinhar escopo, valores e prazos.

“Os algoritmos levam em consideração competências técnicas, conhecimento de idiomas e até mesmo quais projetos aquele talento já trabalhou. Assim, combinam os dados com as informações da empresa para fazer o “match” de forma rápida e assertiva. Em alguns casos, também incluímos avaliações comportamentais”, explica Cai.

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As empresas podem se cadastrar na plataforma gratuitamente, pagando uma taxa no momento da contratação do profissional. A Alstra cuida desse processo e disponibiliza toda a documentação na nuvem.

Do outro lado, os profissionais podem se cadastrar para receber solicitações de empresas e ter acesso a conteúdos sobre diversos temas, como tendências corporativas, gestão e produtividade. “Também temos uma parceria com a startup Contabilizei para que os profissionais que ainda não têm CNPJ possam abrir sua empresa com contador de graça durante alguns meses. Além disso, estamos negociando com alguns bancos para condições especiais de conta PJ”, conta Cai.

Expansão

Hoje, a Alstra possui clientes como Itaú, Coca-Cola, KPMG e PWC. Recentemente, a startup também abriu uma operação em Portugal. Agora, se prepara para estrear na Espanha, neste mês, e no Chile, em outubro. O objetivo, segundo Cai, é levar a plataforma para profissionais em todo o mundo. “Os modelos de trabalho estão se tornando menos engessados e mais flexíveis. Estamos passando por uma transformação no setor, com a automatização de processos, uso de tecnologias e decisões baseadas em dados”, afirma.

Fonte: Startse